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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

- Israel no Reino

Então esse propósito de Deus de estabelecer seu reino na criação, teve aqui na realidade um obstáculo, mas com isto não se cancelou, pois o Senhor já tinha um plano, e começou a se mover de tal maneira a restaurar as coisas para que seu reino se estabelecesse plenamente em um homem em quem Ele pudesse confiar; não no homem caído. O homem caído ficou desqualificado em sua escravidão. Primeiramente, quando as coisas se deram, houve uma linha étnica, uma raça na história, que se lembrava de Deus, que temia a Deus, pela descendência de Sete, pois a descendência de Caim se esqueceu de Deus; e nos tempos de Noé a humanidade já havia se saturado de maldade, sobre tudo de ocultismo, um pecado que aborrece a Deus sobremaneira, porque se lhe rejeita, e isso acarretou o juízo de Deus por meio de um dilúvio. Mas o homem não quer fazer o bem e se esquece de Deus. A torre de Babel é uma evidência de que o homem não aprendeu a lição do dilúvio, voltando à prática do ocultismo, pois a torre de Babel, o primeiro zigurate da história para a adoração ocultista, também é o primeiro monumento à auto-exaltação.Também da descendência de Noé, com o tempo Deus escolheu a um varão chamado Abraão, filho de Tera da descendência de Sem, para ir conformando as coisas, para ir estabelecendo os princípios a fim de dar começo e desenvolvimento aos planos de Deus encaminhados a estabelecer seu reino sobre a terra; e a partir do capítulo 12 de Gênesis, Ele o chama das terras caldéias para fazer uma nação de sua semente, uma nação diferente por meio da qual revelar sua verdade e sua justiça; e Deus estabelece a Abraão na terra escolhida por Deus, chamada nesse tempo Canaã, e lhe dá descendência. Nasce Isaque, e Isaque gera a Jacó, quem mais tarde daria o nome à nação, Israel, e quem por sua vez gera os doze pais das tribos de Israel, e sua descendência se multiplica, e por circunstâncias que conhecemos se vão à terra do Egito e com o tempo chegam a serem milhões os hebreus, mas escravizados; e depois de quatrocentos e trinta anos, desse povo elege a um varão, a Moisés, para libertá-los, tirá-los e levá-los pelo deserto para prepará-los e se revelar a eles a fim de lhes entregar uma terra onde Ele começaria a estabelecer um modelo, um princípio, um avanço, um arquétipo realmente do reino de Deus sobre a terra. No final o reino abraçará toda a terra, mas Deus começaria por Israel, além de que dessa raça nasceria a semente da mulher, o Rei messiânico.E foi assim como depois de 40 anos de perambular pelo deserto, para suceder a Moisés, elege a um varão da tribo de Efraim chamado Josué, e com ele na liderança do povo entrega-lhes a terra e estabelece uma teocracia. O Senhor já os havia dito em Êxodo 19:6: "vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa". Deus queria que todo o povo fosse um povo sacerdotal, e um reino à vez; ou seja, Ele queria fazer de Israel una teocracia, onde o verdadeiro Rei fosse o próprio Deus. Esta nação foi criada por Deus para Si mesmo, de maneira que os israelitas, como nação, foram os primeiros em serem livrados da potestade do reino das trevas, da jurisdição de Satanás, e ao invés de um príncipe espiritual satânico, como as demais nações (cfr. Daniel 10:13,20), seu príncipe espiritual que os guardava foi o arcanjo Miguel (cfr. Daniel 10:21; 12:1). Mas a eles queriam pedir um rei humano, como as demais nações do mundo, ao invés de seguir sendo uma teocracia pura. Então Deus os concedeu no que se chama a vontade permissiva de Deus. Esse rei, Saul, da tribo de Benjamin, falhou, e então Deus escolheu a um rei conforme ao Seu coração e estabeleceu, de certa maneira, a teocracia, pois mesmo que reinasse Davi, da tribo de Judá, ele fazia a vontade de Deus, representava a autoridade de Deus, representava a realeza do Senhor. De todas as maneiras reinaram Davi, seus filhos e netos, mas faziam a vontade de Deus. Esse era o desejo de Deus para um reino diferente sobre a terra. Uma única nação onde realmente ali reinasse Deus e não Satanás. Mas não foi assim sempre; e diz a Palavra que ao fim eles falharam. E depois da morte de Salomão o reino se dividiu. Dez tribos no norte tiveram seu próprio rei, a Jeroboão iniciando a lista; e as duas tribos restantes, as de Judá e Benjamin continuaram com Roboão, filho de Salomão, o rei da linha de Davi. Lastimosamente ambos os reinos falharam com Deus. Os reis do reino do norte todos falharam e recusaram a Deus; se envolveram desde o princípio na idolatria para evitar que o povo fosse adorar em Jerusalém e ficasse por lá; inclusive chegaram a trocar a Deus por Baal.E os reis de Judá, a maioria se apartou dos princípios de Deus para governar sua nação. Jeroboão se apartou do princípio do reino, para edificar um reino para si mesmo. Um princípio do reino é a unidade, e outro é que tem que adorar onde Deus escolher que se lhe adore, e Jeroboão não permitiu. Claro que Roboão também teve sua cota de culpabilidade na divisão do reino; não representou bem o governo de Deus. Então o Senhor teve que tomar medidas corretivas e permitiu que nações ímpias e poderosas os assediassem, os sitiassem e os levassem cativos às terras estrangeiras. Como eles começaram a falhar com Deus, descuidando os princípios e leis do reino, então tiveram que ser levados, cada reino por separado, cativos a outras nações estrangeiras para que vivessem em sua própria carne a realidade da diferença que é o reino de Deus e os reinos do mundo, governados por Satanás e suas hostes.

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