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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cap 6- Os Vencedores e a Igreja- (1ª Parte)

Os vencedores ante o fracasso da Igreja


Solidarizo-me com os que afirmam que «a Igreja forma o centro do universo e a razão de ser da criação».*(1) O que pensava Deus quando criou o universo? Diz Zacarias 12:1b: "o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele". Eis aí o centro da atenção do Senhor, eis aí o mais importante para o Criador, o espírito do homem regenerado, a Igreja, onde fará Sua morada eterna. Isso é mais importante para Deus que todas as grandes galáxias juntas.
*(1) Daniel Ruíz Bueno. Pais Apostólicos. BAC. 1985. Pág. 929.
De acordo com Gênesis 1:26-27 e Romanos 5:14, Adão foi criado à imagem de Cristo; mas o homem caiu e perdeu essa imagem. É agora na era da graça e pela redenção de Deus em Cristo, que o homem redimido volta a ser a imagem de Cristo (Romanos 8:29); é a Igreja, o conjunto de todos os predestinados por Deus para que participem desta salvação tão grande. Ante a rebelião de Satanás primeiro e a queda do homem depois, o plano eterno de Deus de reunir todas as coisas em Cristo, e que todas as coisas manifestassem a glória de Cristo, e que o homem fosse semelhante a Cristo, esse plano sofre demora; e por ele é necessário que o Filho de Deus se encarne na história, nasça e cresça como todos os homens e faça Sua obra na cruz, morrendo por nós e ressuscitando gloriosamente, segundo o antecipado conselho de Deus, e vença. O Senhor Jesus é o primeiro vencedor. Ao derramar sua vida na cruz, e por meio de Sua poderosa ressurreição e gloriosa ascensão, o Senhor da vida à Igreja, a qual é chamada a se manter na vitória de Cristo na cruz. Cristo, o Cabeça, no Calvário venceu e atou a Satanás; e o Senhor quer que Seu Corpo, a Igreja, todo o tempo que permanecer na terra, mantenha e demonstre a vitória da cruz, e para ele é necessário que a Igreja amarre a Satanás em todo lugar. Satanás tem se interessado muito em que a Igreja, seus membros, ignore que Cristo já venceu na cruz do Gólgota, e que essa vitória é nossa, onde nos devemos manter firmes. A Igreja está chamada a proclamar e viver essa vitória do Senhor sobre as forças das trevas. Sabemos que muitos irmãos vivem prostrados, crendo que suas próprias forças lhe darão a vitória.Mas a Igreja historicamente tem fracassado; isto vem ocorrendo desde o período primitivo. Desde os tempos apostólicos começaram as falhas; com a perda do primeiro amor começou o declínio. A Igreja gradualmente foi experimentando suas falhas, primeiro manifestadas em algumas pessoas, e depois caiu comprometida com o mundo em tempos de Constantino o Grande, imperador romano; houve um matrimônio desigual que se consolidou nos tempos do imperador Teodósio o Grande (379-395), veio das alturas com Cristo a morar na terra, até que definitivamente foi infiel ao Senhor. A Igreja é o Corpo místico de Cristo; Ele como Cabeça, sofre as feridas do Corpo e, como o corpo humano, através da história a Igreja tem sido atacado por inumeráveis germes e pragas malignas com que Satanás tem desejado acabar com a igreja. A Igreja tem sido atacada por legiões de demônios que a vão contaminado com a falta de amor ao Senhor e aos irmãos, falta de fé e esperança nas promessas de Deus conforme as Escrituras, com heresias, gnosticismo, ataques por parte do judaísmo e o legalismo, com o desconhecimento dos princípios bíblicos, com incontáveis divisões, com perseguições, união com o mundo, com cesaropapismo, com sincretismo, idolatria, por meio da inquisição, o nicolaísmo, a mariolatria, o denominacionalismo e as doutrinas de demônios, com as forças psíquicas latentes na alma e a teologia da prosperidade, com o evangelho das ofertas, com o cepticismo e a incredulidade, com o farisaísmo e a aparência de piedade, com sedução com princípios e práticas esotéricas, e por último com o ecumenismo e a globalização da religião.Mas a Igreja, apesar de que tem chegado a estar gravemente enferma, tem saído triunfante, porque as portas do Hades não prevalecerão contra ela, e depois do grande cativeiro e de passar pelo vale da sombra da morte, chegou a hora de brotar loução como as flores na primavera, mas desafortunadamente nem toda a Igreja tem estado comprometida, e nem toda ela é a portadora dos anticorpos, senão que só os vencedores estarão preparados para a grande batalha final. É como a vanguarda da Igreja. Desde o começo, e ante o fracasso da Igreja, surge a necessidade de que a responsabilidade recaia sobre uns poucos, os vencedores. Só com os vencedores, os que já tem recobrado a imagem de Seu Filho, Deus porá Seus inimigos por estrado dos pés de Cristo (Mateus 22:44), quem tem a preeminência em tudo. O resto, a grande massa da Igreja quer glorificar a si mesma e jactar-se de seu trabalho e de suas conquistas. É mais saudável que trabalhes para o Senhor sem esperar nada para ti; si estás esperando algo, não tens matado a ti mesmo. Se isso está te ocorrendo, conta-te entre os eliminados do reino. É preciso que Deus nos vença por meio da cruz.O Antigo Testamento está cheio de tipos e figuras de Cristo e a igreja. Por exemplo, a Escritura, falando da construção do tabernáculo no deserto sob a liderança de Moisés, diz que a coberta exterior desse templo portátil era confeccionada com peles de texugos (cfr. Êxodo 36:19). A esse respeito citamos um comentário do irmão Witness Lee, tendo em conta que o tabernáculo era só um tipo da legítima Igreja do Senhor."Depois da capa de peles de carneiro tingidas de vermelho, está a quarta capa, a qual vem a ser a capa externa. Esta coberta está formada de peles de texugo ou de marsopas, as quais são muito fortes; podem resistir a qualquer classe de clima, qualquer classe de ataque. A coberta exterior não é muito atrativa em aparência e é algo tosco. Hoje em dia, exteriormente Cristo não é tão agradável para as pessoas mundanas; Ele simplesmente se assemelha à forte pele de texugo, que não tem atrativo em sua aparência exterior. Mas ainda que Ele não seja muito atrativo por fora, por dentro Ele é formoso, maravilhoso e celestial. Ele não é como o cristianismo de hoje, que tem edifícios imensos e formosos; exteriormente são muito imponentes, mas interior e espiritualmente são desagradáveis, vazios e algumas vezes corruptos. As organizações cristãs mundanas são verdadeiramente feias. No interior da igreja apropriada, do edifício de Deus, há algo celestial e belo, ainda que exteriormente seja humilde e tosco, sem atrativo nem beleza". (Witness Lee. A Economia de Deus. LSM. 1990. pág. 204).O cristianismo perfila-se através de duas correntes. Por um lado, há um cristianismo religioso, nominal, professo e até com aparência de piedade; claro, com uma variante gama de autenticidade; que ao mesmo tempo em que podem estar anelando estar bem com Deus, também podem estar se inclinando a olhar com simpatia o mundo circundante e seus enganosos prazeres. São os que não costumam desejar comprometer-se com Deus. Mas detrás desse cristianismo veleidoso, há outra realidade, a dos lutadores, os que sabem que com Cristo são vitoriosos, os que esperam a vinda do Senhor e Seu reino com Ele. São os que têm se comprometido com Cristo até a morte; são os que são guiados pelo Espírito de Deus, porque conhecem e estão familiarizados com Sua voz e a estimam. São os que já não vivem para si mesmos, senão para Aquele que dentro deles habita e ordena, porque têm consciência que ofertou Seu próprio sangue pela vida da Igreja, e nos fez livres do que escraviza aos homens e quer destruir o rebanho do Senhor. São os que tem consciência que nossa verdadeira causa, vida e fortaleza é Cristo; são os que sabem que os demais saem sobrando. São os que sabem que tudo o que está relacionado com este mundo de pecado, com nossa própria carne e com Satanás, nos impede de um autêntico crescimento espiritual. São os que estão conscientes de que chegou a hora em que tem que deixar de julgar à Igreja. São os que não põem em primeiro lugar às “demais coisas” senão ao Senhor. Freqüentemente essas duas correntes cristãs não se identificam uma com a outra, nem se entendem, e até tem sido antagônicas na história. Dá-se o caso de que se um vencedor trata de ajudar a um irmão caído, ou a um irmão cego à realidade do Senhor, ou a um irmão egocêntrico, este o recusa e o apelida de fanático ou extraviado. E até o persegue.
A partir da regeneração dos membros do Corpo de Cristo; a Igreja já vive dentro da esfera do reino de Deus, e como em todo reino, no reino de Deus há claras normas de governo e de disciplina, e é necessário que todos os redimidos sejamos não só governados e disciplinados, senão também treinados para governar com Cristo na eventual manifestação do reino dos céus.Este é o tempo em que, de acordo com o sermão do monte de Mateus 5-7, a Igreja, como a atual realidade do reino dos céus, deve ser treinada, disciplinada, provada, purificada, limpa, experimentada em uma vida austera, em tribulações e restrições, corrigida em tudo. Nos pequenos reinos e feudos que se tem formado no cristianismo, a Igreja está sendo guiada pelos caminhos largos e amplas portas que facilitam a entrada à prosperidade econômica; os irmãos são treinados para ganhar méritos próprios diante do Senhor para serem dignos de ricas "bênçãos" terrenas, que satisfaçam seus deleites carnais aqui e agora. Estamos na era das ovações e as distinções entre os homens. Para que esperar o futuro? Não há preparação para merecer o reino, porque se desconhece tudo do reino. Para quê mais reino, se já a grande massa está reinando. Se dizem: "Somos os filhos do Grande Rei; já estamos reinando". Muitos querem reinar desde agora, mas recusam pagar o preço da coroa. É melhor reinar na manifestação do reino futuro, e estar sobre todos os bens do Senhor (cfr. Mateus 24:47), que reinar aqui. Ninguém, exceto os vencedores, querem ocupar-se na confecção e bordado, com o Espírito Santo, do vestido de linho fino, limpo e resplandecente, sem mancha, para poder participar nas bodas do Cordeiro; porque esse vestido é individual, pois é feito em nosso viver diário com o Senhor, o que fazemos, a Palavra diz que são os atos de justiça de cada santo em particular. As ações justas de outro santo não servem a ti para que possas participar nas bodas do Cordeiro, enquanto tu não negares a ti mesmo, e teu andar não for no Espírito de Deus.Por tudo isso, a Palavra de Deus fala de vencedores, porque só os vencedores podem chegar a ser pobres no espírito, ter capacidade para suportar o sofrimento, ser mansos, ter fome e sede de justiça, ser misericordiosos; só os vencedores podem ser limpos de coração, pacificadores; só os vencedores tem capacidade de padecer perseguição por causa da justiça e ser vituperados por causa do Senhor, e por cima de tudo isso, se regozijar e alegrar, sem devolver mal por mal, sem queixar-se, e sim bendizendo a seus detratores; só os vencedores são capazes de voltar a face esquerda ao que lhe fere ou golpeia a direita. Só um vencedor tem a capacidade de se contentar com qualquer que seja a situação pela que tenha que passar, seja de necessidade ou de abundância, e poder manifestar como Paulo: " tudo posso naquele que me fortalece " (Fp. 4:13).Os vencedores são a vanguarda; os vencedores são os verdadeiros guerreiros de Deus na Igreja, os que estão vestidos com toda a armadura de Deus. Na Igreja há pessoas que só vestem parte dessa armadura, e outros, embriagados por uma falsa teologia fácil, não vestem nada. Andam nus, como os de Laodicéia. Só os vencedores expressam a realidade do reino que deveria expressar toda a igreja redimida pelo Senhor; porque só na vida vitoriosa dos crentes vencedores se satisfaz o requerimento de Deus de que nossa justiça deve ser maior que a dos escribas e fariseus, ou seja, uma mais elevada e exigente moral comparada a que demanda a lei veterotestamentária e os legalistas religiosos professos. Temos a realidade do reino, mas é uma realidade escondida na Igreja, inclusive para a maioria dos crentes.Por exemplo, a lei exige que se ame ao próximo e se aborreça aos inimigos, mas o Senhor nos diz que amemos a nossos inimigos. Mas, quem que não seja vencedor pode conseguir isto? Com o estado atual da igreja professa, com essa divisão crônica reinante, se vive um egoísmo sem precedentes; não se ama nem sequer aos irmãos na fé; às vezes nos devoramos uns aos outros; muitas vezes se prefere não empregar os serviços de nossos irmãos, porque há muita desconfiança, irresponsabilidade, falta de honradez, fachada de religiosidade, mas nada de amor e respeito, muito menos de piedade, porque o crente vive como o resto dos homens, como qualquer filho de vizinho e não como filhos de nosso Pai que está nos céus. Existe uma grande diferença entre ser filho de um pai meramente humano e ser filho do Pai celestial; porque a vida humana não pode viver a realidade do reino dos céus, senão a vida divina que Deus vive dentro de nós. A oração autoritativa, a obediência, a dedicação, o sofrimento, a cruz, o negar a si mesmo, o trabalho e a vitória dos vencedores, repercute em toda a Igreja. Os vencedores obtêm a vitória para a Igreja, porque os vencedores levam toda a carga que deveria levar a Igreja inteira. Sobre os ombros dos vencedores recai a responsabilidade de carregar a arca (símbolo de Cristo); elevá-la, e ao custo de sua própria vergonha, livrá-la do vitupério dos homens. O vencedor não tem repouso; sua responsabilidade não lhe admite o descanso; o vencedor sabe que tem que se manter em vigília até que o Senhor lhe alivie da carga. Então, irmãos, é justo que o Senhor julgue em Seu tribunal o que a Igreja tem feito nesta era? Será justo que todos os santos recebam um mesmo trato, sendo que uns tem caminhado pelo caminho amargo e difícil, enquanto que outros o tem feito pelo amplo, prazeroso e fácil? É curioso o que anota o irmão Sonmore: "O povo, que tem ouvidos sarnento, se congrega ante os mestres de sua própria eleição para ouvir mensagens de prosperidade, de paz, de poder, de auto-realização e de sanidade física para continuar em pecado". (Clayton E. Sonmore. "Ninguém se atreve a chamá-lo engano". Tomo 3 da série "Mostre a Casa aos da Casa". M.S.M. 1995, p. 130).Há duas coisas que teve a igreja em seu período primitivo e que se perderam não muito tempo depois, e que urge que sejam restauradas em nosso tempo, a saber, o ministério e a mensagem. Esses dois aspectos já tem sido restaurados em certos lugares, mas a um alto custo de perseguição e dificuldades. Por exemplo, o ministério que existe agora não é o bíblico; e a mensagem em mãos de um ministério estranho também se aparta da verdade do fundamento escriturário. Alguém tem dito que uma igreja com um ministério e uma mensagem que não se podem reconhecer, é um fantasma da verdadeira Igreja do Novo Testamento. Hoje ministério é uma fonte de ganância e de posição social; na Bíblia, exercer o ministério é um grande sacrifício pois exige pagar um preço. Qual é a mensagem do verdadeiro ministério e por que é recusado no cristianismo atual? Porque o verdadeira mensagem é a cruz. Ninguém quer pregar a cruz, nem menos vivê-la. Se tu pregas a cruz, te correm de tua denominação. Se a Igreja não vive a cruz, qual será a diferença com os pagãos?Os vencedores são os únicos que levam a cruz e negam a si mesmos. A cruz é obediência e submissão ao Senhor até a morte; a cruz é dor e sofrimento, a fim de que possa haver vida para outros. Sem morte não pode haver vida. Mas a Igreja evita levar a cruz, e se refugiam na prosperidade material, na vida fácil, como se o Rei nos houvesse redimido para que nos acomodemos neste mundo. Diz W. Nee: "Cada um de nós deveria perguntar: O que faço o faço com o afã de adquirir fama, ou prosperidade ou para ganhar a simpatia dos demais? O que busco é a vida na igreja de Deus? Espero que todos possamos pronunciar a seguinte oração: Oh Senhor, permita-me morrer para que outros possam viver". (W. Nee. O Plano de Deus e os Vencedores. Ed. Vida, 1977, pág. 87.)
Satanás já foi julgado na cruz, de modo que a execução dessa sentença está a cargo da Igreja, e em particular dos vencedores. Quando os vencedores forem ressuscitados e levados ao céu, com eles o Senhor estabelece Seu reino e Sua autoridade sobre a terra e é consumada a salvação. A grande maioria na Igreja não consegue cumprir o propósito de Deus simplesmente porque o ignora; por isso é que o Senhor consegue Seu propósito com um grupo de vencedores. No cristianismo não há consciência de Igreja como Corpo de Cristo. Só na condição de Filadélfia se tem restaurado a vida corporativa da Igreja. No cristianismo tem se exagerado a ênfase na salvação individual, e isso em detrimento da Igreja, o Corpo de Cristo; porque o que tem que ver com um membro, tem sua repercussão em todo o organismo. Se não somos agarrados e alicerçados em amor, todos unidos como os membros do corpo humano, não podemos ser cheios de toda a plenitude de Deus. Deus não trabalha só, nem quer que nós trabalhemos sós. A Palavra de Deus diz que só corporativamente se pode conhecer a Cristo em suas reais dimensões (cfr. Efésios 3:17-19). Individualmente na Igreja há covardes, outros são preguiçosos, outros descuidados, outros amadores das coisas do mundo; daí que o Senhor dispensacionalmente sempre se tem valido de um pequeno remanescente, tanto no povo de Israel como na Igreja.Ser vencedor não necessariamente se relaciona com ser integrantes de um grupo de pessoas especialmente espirituais, com meta a receber coroas e recompensas quando vier o Senhor. Pode haver algo disso, mas no fundo se trata da falha que historicamente tem afetado à Igreja, e o Senhor quer cumprir Seus propósitos com uns poucos que tem vencido as circunstancias que tem levado à derrota o resto da Igreja. O vencedor faz o que realmente deveria fazer toda a Igreja. O vencedor proclama com freqüência a vitória de Cristo; ou seja, dá testemunho que Cristo já venceu Satanás, e que já se aproxima a manifestação do reino dos céus. É necessário que expressemos o testemunho tanto aos homens como a Satanás. É necessário dar testemunho que Jesus é o Senhor. De conformidade com a Palavra de Deus, vemos a diferença entre um crente vencedor e um vencido. Ao menosprezar sua vida até a morte, o vencedor está disposto a ser sacrificado em sua vida física e a negar-se até perder toda a força de sua alma. As capacidades naturais da alma humana do crente, devem ser tratadas pela cruz. Quando chegamos a Cristo, trazemos uma série de forças e capacidades, que o diabo e a carne nos induzem a por ao serviço do Senhor sem que sejam tratadas pela cruz; e quando isto ocorre, o cristão tem falhado. As capacidades naturais do homem estorvam a obra de Deus.Qualquer um pode se enganar e enganar usando suas habilidades como se procedessem do Espírito Santo. Costuma-se usar magníficas habilidades naturais pedagógicas, eloqüência, inteligência inata, privilegiada memória; mas tudo isso pode estar se fazendo na carne: madeira, feno, palha. O que significa isso? Que se está apresentando uma santidade e umas capacidades que não procedem de Deus. A Deus não se pode servir com o que não procede Dele mesmo. Deus não recebe o que não procede Dele. Qual é o caminho correto a seguir? O eu deve ser anulado por meio da cruz. Se isso não ocorre, Cristo não pode manifestar Seu poder em nós. O orgulho que nos arrasta com base em nossos próprios recursos naturais, e o poder de Cristo, não são compatíveis. Diz em 1 Coríntios 15:50: "Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção". O corpo animal de que fala o versículo 44 não pode herdar o reino; ele deve passar primeiro pela ressurreição, e a alma haver experimentado a cruz.

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